Quantidade ou qualidade? Pode parecer estranho, mas essa é uma das principais perguntas que você deve se fazer ao planejar a sua viagem. Para muitas pessoas, o que vale é o número de lugares a se visitar, nem que seja para fazer o famoso “check-in” e deixar uma selfie registrada. Mas há um outro grupo que não abre mão de vivenciar com calma cada destino visitado, nem que para isso precise abrir mão de conhecer determinados pontos turísticos. Isso é parte de uma filosofia conhecida como Slow Travel.
O que é o Slow Travel?
Essa é uma proposta criada inspirada no Slow Food, um movimento que nasceu na Itália, como uma forma de protesto contra a abertura de uma loja do McDonald’s na Piazza di Spagna em Roma. A ação defende, entre outras coisas, uma alimentação mais calma, com o cuidado de saborear a refeição, identificar cada ingrediente e vivenciar o momento.
É nesse mesmo caminho que segue o Slow Travel. A proposta é que cada viagem seja mais do que apenas conhecer lugares. É se conectar com cada destino, experimentar a culinária local, observar a rotina dos nativos, perceber os contornos e movimentos que compõem a paisagem. Como fazer isso? Aqui vão algumas dicas:
- Abra mão de maratonas. Ao invés de conhecer diversas cidades ou, até mesmo, países, priorize menos destinos. Com isso, será possível se dedicar melhor a cada local e conhecer com calma o que cada reserva.
- Permita-se “pular” cartões postais considerados obrigatórios. De nada adianta ir a um museu só porque todo mundo considera imperdível, se você não se identifica com esse tipo de passeio e não irá se conectar com as obras expostas ali. Privilegie aquilo que realmente te encanta.
- Tenha dias mais calmos e livre-se do guia de turismo. Permitir-se passar um dia em um parque descansando, lendo um livro ou ouvindo música também é uma forma de vivenciar a cidade. Assim como andar sem rumo certo, apenas observando a cultura e os moradores dali.
- Usar o transporte público não é apenas uma forma de economizar durante a viagem. É ter oportunidade de observar os costumes locais, ver pessoas diferentes e, quem sabe, até fazer amizades.
- Procure alugar uma casa ou apartamento. Essa é a melhor forma de hospedagem para quem vai ficar mais tempo na cidade que escolheu. Além de não ter aquele ar impessoal dos hotéis e ser bem mais econômico, ainda faz com que você se sinta parte do local. Aproveite para fazer compras em mercados e se sentir um verdadeiro morador.
- Converse! Bata um papo com o vendedor de jornal, com o garçom do restaurante, com o senhor sentado no banco da praça e com quem mais cruzar o seu caminho. Você vai perceber como essa é a melhor maneira de conhecer o lugar que está visitando.
- Prefira bares e restaurantes longes dos pontos turísticos, que retratam melhor a atmosfera da cidade, além de também serem, normalmente, mais baratos.
Resumindo: O Slow Travel é o que diferencia o turista do viajante e vale muito a pena vivenciar essa experiência!
Confira 4 filmes de viagem para te inspirar!
