Intercâmbio: diferentes tipos de casa de família

diferentes tipos de casa de família
É preciso estar aberto e respeitar as diferenças.

As casas de famílias (host families) são uma das opções de acomodações mais populares entre os estudantes de intercâmbio. Além de terem um custo mais viável do que as residências estudantis ou do que o aluguel de um apartamento, por exemplo, são uma oportunidade de vivenciar a cultura local diariamente. Convidamos a psicóloga intercultural Andrea Sebben para falar sobre os diferentes tipos de casa de família e nos dar dicas de como lidar com eles.

Conheça os diferentes tipos de casa de família

As famílias podem ser das mais diversas: um casal sem filhos, um casal com vários filhos, uma senhora idosa, um senhor viúvo, uma mãe solteira, com ou seu animais de estimação, com uma boa condição financeira ou não… não existe padrão- nem de modelo, nem de comportamento.

Os hábitos e normas também vão variar muito. Existem famílias super liberais e outras que irão estabelecer horário para tudo: para jantar, para tomar banho ou para voltar da balada. O mais importante é que o intercambista esteja aberto para respeitar e se adaptar à realidade de onde ficará hospedado.

A psicóloga intercultural Andrea Sebben, realiza um trabalho de acompanhamento de intercambistas, jogadores de futebol e executivos, para ajudá-los na adaptação e nos desafios de uma vida no exterior. Ela chama a atenção para a importância de aceitar que cada família terá a sua particularidade e, provavelmente, a que vai te receber será muito diferente da sua: “Sempre peço para as pessoas fazerem o seguinte exercício mental: pense em quatro famílias que você conhece. A sua, a do seu cunhado, a da sua sogra e a do seu vizinho, por exemplo. As idiossincrasias culturais nessas famílias são gigantescas. Imagine em outro país, que tem outra língua e  outro caldo cultural?”.

Andrea ressalta que considera a casa de família (host family) como a melhor opção de hospedagem para um intercâmbio: “Ali você bebe da fonte, você vai aprender a amar, perdoar, falar, comer como eles. É uma oportunidade de vinculação e assimilação a toda prova”.

Mas é claro que terão desafios. Afinal, tudo que te tira da sua rotina, da forma como você está acostumado a viver, é desafiador. O que vai fazer toda a diferença, é como você irá reagir frente a isso. É preciso ter flexibilidade e pensar no seu papel ali também. “Sempre digo para as pessoas: pare de olhar só para fora e ficar procurando a situação ideal. Olhe para dentro também. Pense em fazer com que as pessoas fiquem felizes com a sua presença, em deixar a sua marca e a sua colaboração no coração delas. Vá com a perspectiva de ser algo bonito, de ser um presente na vida das outras pessoas. Muitos intercambistas não vão com essa perspectiva e ai acabam se frustrando”, destaca Andrea.

Morar fora do país implica em vivenciar uma nova cultura, novos hábitos, lidar com temperaturas baixíssimas (em alguns casos), se acostumar com um outro tipo de família, um novo idioma… é uma experiência de aprendizado maravilhosa mas é preciso estar aberto para aceitar, respeitar e conviver com esse novo. “Tenho uma crença de que não existe programa de intercâmbio ideal, nem família ideal, nem país ideal. O que existe é um perfil de ser humano que parece que nasceu para a diversidade e para a conexão. Não interessa se vai fazer high school, trabalho voluntário ou universidade. Quando a pessoa tem esse perfil, pode ir para qualquer lugar que vai dar certo”, explica Andrea.

Estamos fazendo uma série de artigos com a psicóloga cultural Andrea Sebben. Clique nos links abaixo para conferir: 

Confira as 5 principais dificuldades em um intercâmbio e como vencê-las

Dicas de como lidar com a saudade de casa

Dicas para se adaptar melhor em uma casa de família 

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