Boarding School ou casa de família?

leysin boarding school ou casa de família
Leysin, na Suíça, é um dos principais destinos procurados por quem quer estudar em uma boarding school.

Uma das principais decisões a se tomar ao optar por fazer intercâmbio, além do curso e da cidade para onde vai, é onde ficar hospedado: boarding school ou casa de família? Conversamos com a diretora da agência Intervip, Paula Starling, que nos explicou quais são as principais diferenças entre ambos para te ajudar nessa escolha.

Boarding School ou casa de família?

O que é uma Boarding School?

“As boarding schools são escolas particulares onde os estudantes tem a opção de morar dentro da escola, seja em dormitórios dentro do próprio campus ou em acomodações fora do campus, mas sob a responsabilidade da escola. Algumas boarding também oferecem a opção de “day student”- normalmente oferecida aos estudantes nativos que têm família na cidade da escola –  que preferem voltar para suas casas após as aulas. Algumas boarding são exclusivas para estudantes internacionais e não possuem estudantes nativos. Outras tem alunos nativos e internacionais.”, explica Paula.

Os dormitórios são sempre separados entre homens e mulheres. E, segundo Paula, os destinos mais procurados para essas opções são Estados Unidos, Suíça e Inglaterra. “Nos Estados Unidos, temos a Ross, a Bolles, a Cats Boston entre as mais procuradas. Na Suíça, Leysin, TASIS e College du Leman e na Inglaterra, a Cats”, conta.

Algumas boarding schools aceitam estudantes a partir da 6a ou 7a série, mas, no Brasil, a procura maior é por alunos do ensino médio (15 a 18 anos).

Entre os principais diferenciais da boarding school estão as atividades extracurrículares e as viagens (que algumas oferecem nos finais de semana). Porém, isso acaba deixando o custo mais alto do que a opção de casa de família. As boarding schools são escolas particulares, normalmente para um pequeno número de estudantes (bem personalizado) e, se pensar bem, os custos de toda a escola, têm que ser divididos entre esses alunos, por isso é um valor bem mais alto do que da casa de família”, esclarece Paula.

Casa de família

Ficar hospedado em casa de família certamente tem um custo mais baixo. Mas essa não é a única vantagem. Ao morar com nativos, o intercambista tem a oportunidade de vivenciar a cultura local diariamente. A psicóloga intercultural Andrea Sebben, considera que essa é a melhor opção de hospedagem: “Ali você bebe da fonte, você vai aprender a amar, perdoar, falar, comer como eles. É uma oportunidade de vinculação e assimilação a toda prova”.

Existe o receio de quem está indo (e muitas vezes dos pais também) de que o intercambista não se adapte à família que vai hospedá-lo.

A primeira coisa importante é saber que existem vários modelos de famílias. “No mundo atual existem diversos e diferentes perfis de família hospedeira: mãe solteira sem filhos, família com filhos pequenos, somente o pai, casal de terceira idade, somente uma mãe de terceira idade, diferentes crenças religiosas, backgrounds e orientação sexual. Os estudantes e pais precisam estar preparados e dispostos a vivenciar uma experiência que pode ser totalmente diferente do que está acostumado no Brasil. E essa é a grande beleza do programa de intercâmbio”, ressalta Paula.

Independentemente do tipo de hospedagem que você escolher, o mais importante é que você esteja aberto para viver e aprender com o novo. “Acho que a experiência pode ser enriquecedora para ambas as opções. Tudo depende do perfil do estudante, das expectativas, mas principalmente do que o intercambista está disposto a doar em vez de sempre está pensando no que ele vai receber da experiência. Pode ter a certeza que quanto mais você doar, mais você vai receber em todos os sentidos”, destaca Paula.

Confira a nossa entrevista com o psicólogo Rodrigo Goes que experimentou os dois tipos de hospedagem e contou para a gente quais são as principais vantagens e desvantagens de cada um deles.

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