Daniella Maria conta a sua experiência de morar no Havaí

morar no Havaí
Daniella e o marido no Havaí. Foto: arquivo pessoal.

Convidamos a relações públicas e jornalista, Daniella Maria, 30 anos, para nos contar um pouco sobre a sua experiência de morar no Havaí– destino dos sonhos de muita gente. Tudo começou com um intercâmbio que fez em 2007. Um amor fez com que ela voltasse em 2013 e já fazem quatro anos que mora lá. Vamos deixar que ela mesma conte essa história (incrível) para você!

Experiência de morar no Havaí

Praias, tartarugas, ondas, pôr do sol no mar. Quem diria que essas coisas um dia fariam parte do meu dia a dia! O misterioso caminho da vida acabou me trazendo para um dos lugares mais especiais do mundo: Havaí, nos Estados Unidos. O arquipélago foi o 50º estado a ser incorporado ao país, em 1959, e é o destino dos sonhos de surfistas do mundo inteiro, além de apreciadores do mar e da natureza.

Essa grande mudança na minha vida começou há dez anos atrás, em 2007, quando fiz um intercâmbio de work experience no Havaí. A escolha do local ficou por conta da minha amiga e companheira de viagem, que fazia questão de fugir da neve e do frio dos outros estados americanos durante o inverno. Como viemos em pleno dezembro, logo pensamos que o Havaí seria o melhor lugar para o nosso intercâmbio, já que a variação de temperatura aqui é pouca durante o ano. Hoje posso afirmar com segurança: a verdade é que é verão no Havaí o ano inteiro! No inverno, considerado aqui entre os meses de outubro e abril, o sol está sempre firme lá no céu, embora seja a época mais chuvosa do ano. É também nesse período que aquelas ondas imensas chegam ao Norte de Oahu (ilha em que vivo), o famoso North Shore, e também quando as baleias jubarte chegam ao arquipélago para se reproduzir.

Os curtos três meses do meu intercâmbio foram suficientes para a vida me dar um amor de presente. Conheci um americano sorridente que tornou-se o motivo pelo qual me mudei para o Havaí anos depois, em 2013, para me casar. A decisão de vir para cá foi tomada aos poucos, com cuidado e tentando avaliar todos os detalhes, mas sempre com aquele friozinho na barriga. Namorando à distância, eu e John fizemos juntos o processo para o visto K1, conhecido como visto de noivo/noiva e, após entrar nos EUA, eu tinha 90 dias para me casar. Como tudo já estava planejado, nos casamos já na primeira semana em que cheguei aqui. Nao contratamos advogados nem nada e cuidamos de tudo sozinhos, o que foi trabalhoso mas valeu a pena. Grupos de discussão sobre esse tipo especifico de visto ajudaram muito na época!

Desde então minha vida mudou tanto! O primeiro ano não foi fácil. Apesar de muitas novidades e tudo de bom que o Havaí tem a oferecer, alguns fatores dificultaram a adaptação inicial, como a saudade da família e dos amigos, o imenso impacto cultural, a impossibilidade de trabalhar nos primeiros meses até o Green Card chegar, a falta da comida da mãe e os desafios diários da vida em um novo idioma. Com o tempo fui aprendendo a driblar a saudade por meio da tecnologia e criando minhas raízes aqui.

Comecei a trabalhar em duas empresas de brasileiros (uma focada em mergulho e serviços de viagem e outra especializada em casamentos na praia, da qual falaremos mais em um próximo texto) e comecei a criar meu grupo de amigos, assim como eu tinha no Brasil. Todas essas coisas foram facilitando minha adaptação e fazendo com que a vida nessa ilha no meio do Oceano Pacífico se tornasse cada vez melhor.

Hoje, há quase quatro anos aqui, só tenho a agradecer por tudo que esse lugar me proporciona. Pelos amigos, por todo o aprendizado e pela conexão com a natureza, principalmente com o mar. Estar tão pertinho de praias maravilhosas, poder assistir competições internacionais de surf, interagir com tartarugas e com a rica vida marinha havaiana, ver baleias lá no fundo do mar durante o inverno enquanto estou na esteira da academia, ver o mar pela janela… Privilégios que valorizo cada dia mais! Sempre recomendo que as pessoas conheçam o Havaí, pois é um lugar muito especial. Um mix de Estados Unidos com Ásia, de paraíso com metrópole, de realidade com sonho.

Para quem pensa em morar fora, minha dica é: planejamento. Pesquisar sobre o destino em mente, sobre o visto mais adequado para você e considerar as questões financeiras. É importante sonhar e focar nos pontos positivos da mudanças, mas também levar em consideração os desafios que irá encarar. Viver em outro país pode representar imenso crescimento pessoal e profissional, mas é importante ter os pés no chão e saber que nem tudo é só flores. No Havaí, por exemplo, a vida não é feita só de praia e sol. Também tem correria, trânsito, muito trabalho e saudade do Brasil. É tudo uma questão de manter equilíbrio, ou melhor, como dizemos aqui, de viver com ALOHA.

A experiência da Daniella é inspiradora não é? Aguarde pois teremos mais artigos em parceria com ela, produzidos em exclusividade para o A Melhor Coisa da Minha Vida.

Para te inspirar ainda mais, confira a experiência da Mariana, intercambista que também resolveu voltar para morar no Canadá depois do seu intercâmbio no país.

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