High School x Ensino Médio: Confira as diferenças

high school
Os armários são uma marca registrada das escolas americanas.

Os estudantes brasileiros estão cada vez mais interessados em fazer intercâmbio. Segundo pesquisa realizada pela Brazilian Education & Lenguage Travel Association (Belta), mas de 247 mil jovens viveram a experiência em 2016, número quase 15% maior que em 2015. Os Estados Unidos aparecem com grande destaque entre os destinos mais procurados, atrás apenas do Canadá, especialmente por estudantes do ensino médio (o high school de lá). Um dos grandes atrativos: o sistema de ensino do país, repleto de diferenças do modelo brasileiro.

Diferenças entre o ensino médio brasileiro e o high school americano

Enquanto a educação americana foca na vivência do aprendizado por parte do estudante, o modelo brasileiro está mais ligado à necessidade de cumprir um currículo pré-definido para que o estudante passe pelo filtro do vestibular. Os objetivos distintos se refletem na estrutura de todas as etapas do ensino. Destacamos aqui o período do ensino médio/high school, que precede a entrada dos estudantes na faculdade. Confira.

Flexibilidade

No Brasil, o ensino médio possui um currículo pré-definido com 13 disciplinas obrigatórias que devem ser cumpridas pelo aluno ao longo dos três anos que precedem o vestibular. O modelo americano, mais flexível, permite que o estudante escolha (em boa parte) o que quer aprender. Embora algumas disciplinas como inglês, história e matemática sejam obrigatórias, a grade curricular é repleta de matérias eletivas, escolhidas pelos estudantes de acordo com perfil, interesse e afinidade. As opções podem incluir arte, computação, teatro, línguas estrangeiras, fotografia, antropologia, astronomia, design de games, culinária, marcenaria e muito mais. Dependendo da região, é possível encontrar até aulas de rodeio!

Atividades extra-curriculares

Além das disciplinas eletivas, o modelo americano encoraja (e muito) a participação de alunos em atividades extra-curriculares. Enquanto no Brasil as escolas tendem a manter o estudante ocupado com a grande quantidade de conteúdo oferecida pelas disciplinas obrigatórias da grade, nos Estados Unidos é muito comum no período a prática de esportes, teatro, música, dentre outros, tidos como tão importantes quanto as matérias tradicionais. A demonstração de talento em uma dessas frentes, inclusive, pode render bolsas de estudos em grandes instituições de ensino do país.

Os alunos também são encorajados a frequentar grupos de assuntos pelos quais tem interesse, os famosos clubs. Temas como arte, língua estrangeira, literatura e culinária são os mais comuns. Não encontrou um club com um tema que te agrade? Não tem problema, é só fundar o seu e certamente interessados aparecerão.

Participação em sala de aula

Pelos lados de cá, estamos bastante acostumados com as aulas expositivas, aquelas em que o professor fica na frente da turma falando sobre um assunto específico, seguindo uma estrutura previamente preparada por ele. Por isso é normal no início do intercâmbio que o aluno brasileiro mais desavisado (e tímido) estranhe ao ser convidado à participar em sala de discussões, dar opiniões e fazer comentários sobre os temas da aula. É que no modelo americano esses são pré-requisitos básicos de toda e qualquer disciplina.

Um fato curioso é que por lá, são os professores quem recebem os alunos na sala de aula, e não o contrário, já que as matérias tem salas pré-definidas. É por isso que nos filmes e séries americanos os corredores das escolas estão sempre cheios de gente andando para todos os lados!

Notas

Uma diferença marcante entre as instituições brasileiras e americanas está no sistema de pontuação. A começar pela nota em si. Enquanto aqui um aluno celebra um 10 ou um 9, por lá a alegria vem de um A (ou no máximo um B!).

Além disso, o conceito (e não nota!) está ligado não só ao número de questões respondidas corretamente, mas também à diferença de aproveitamento para o restante da turma.

Horários de estudo

Enquanto aqui estamos acostumados a entrar em sala por volta de 7h30 e sair por volta de 12h30 (para os alunos que estudam de manhã) ou das 13 às 18 horas (para os alunos da tarde), o estudante americano fica na escola das 8 às 16 horas (lá todo mundo é aluno em horário integral), com um intervalo que vai das 12 às 14 horas para que os estudantes possam almoçar, no refeitório da própria escola (mais uma cena clássica dos filmes, as filas formadas nos bandejões!)

Ingresso na Universidade

Em ambos os modelos, há uma intensa preparação do aluno para ingressar na universidade. Os métodos para isso, no entanto, são bem diferentes entre si. Enquanto no Brasil o filtro das faculdades é uma prova (Vestibular / ENEM), nos Estados Unidos é preciso que o estudante envie à instituição de seu interesse uma série de documentos que incluem o histórico escolar, cartas de recomendação, redações, e outros, que comprovem que o aluno está apto (não apenas tecnicamente, mas enquanto indivíduo), para ingressar naquela universidade.

Gostou da ideia de estudar nos Estados Unidos? Saiba tudo sobre o processo de solicitação de visto para o país.

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