O começo de uma grande aventura

começo de uma grande aventura

Para mim é uma honra ter a oportunidade de escrever para uma coluna de um jornal tão conceituado quanto o Jornal da Cidade, ainda mais quando se trata do tema intercâmbio, um assunto atual que envolve o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas, e que pode se traduzir na frase A MELHOR COISA DA MINHA VIDA. E por que “a melhor coisa da minha vida”? Começa com a minha própria história…

O ano é 1985 e, naquela época, viajar ao exterior era uma verdadeira “saga” – muito diferente do que é hoje. Para uma adolescente de 15 anos, o sonho dos sonhos era conhecer a Disney, mas, para os meus pais, o sonho de viajar para os Estados Unidos só seria garantido se fosse através de um intercâmbio: “se for só para fazer turismo, você pode esperar mais alguns anos”, eles diziam. E eu me perguntei: intercâmbio? Como assim?

E foi através do Rotary Clube que embarquei para um ano de intercâmbio na cidade de Bloomington/MN, em janeiro de 1986. Para quem nunca havia saído do Brasil, embarcar do Rio de Janeiro, a literalmente 40°C, e cair de paraquedas em um dos estados mais frios dos Estados Unidos, a -20°C, foi o começo de uma grande aventura. Sem família hospedeira (“você irá conhecer a sua família quando desembarcar no aeroporto…”), sem internet, sem celular, muitos poderiam achar uma “loucura”, mas era a minha única alternativa.

Um ano se passou, duas famílias maravilhosas, um troféu de MVP (Most Valuable Player) em volleyball, várias experiências e o retorno ao Brasil. Vieram então o vestibular para Engenharia Civil – querendo seguir os passos do meu querido avô, Celso Mello Azevedo –, o emprego de professora de inglês aos 17 anos e várias oportunidades de trabalhos como tradutora em eventos internacionais em Belo Horizonte, que naquela época nem eram tantos assim.

Tudo isso, claro, graças à experiência de ter morado fora por um ano. Finalmente uma oportunidade para trabalhar em uma agência de intercâmbio! Oportunidade essa que foi abraçada com “unhas e dentes” e onde tive uma professora como nenhuma outra, Carla Campos do Amaral (que até hoje considero uma “expert” no assunto). O diploma de Engenheira Civil? Esse continua guardado.

Chego a 1995 decidida a seguir meus próprios passos e abrir a minha agência de intercâmbio, a INTERVIP. São 22 anos de muita história para contar, muitos “causos” e, agora, mais esse desafio, de mensalmente escrever para você sobre um assunto que interessa a muita gente, e de mostrar que morar fora para estudar – seja em um curso de inglês de 1 semana, seja em um mestrado em Engenharia de Energia na Alemanha – pode ser viável e possível para todo mundo – desde que haja planejamento e muita dedicação.
E o nome que intitula essa coluna? Por que esse nome? Porque se alguém perguntar para quem viveu essa experiência “como foi seu intercâmbio?”, a resposta é sempre a mesma: foi “a melhor coisa da minha vida”.

Até o próximo mês!

Fonte: Texto escrito por Paula Starling para o Jornal da Cidade.

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