Conheça mais sobre o inglês jurídico

inglês jurídico

Você conhece o inglês jurídico? Se você é estudante de Direito ou pretende ser, você não pode deixar de saber mais sobre ele. Entrevistamos o professor Márcio Rubens, especializado em inglês jurídico, que nos explicou tudo sobre o tema.

O que é inglês jurídico?

Toda área tem alguns termos bem específicos, além disso, podem haver diferenças nas terminologias, dependendo do país. “Com uma grande diferença, embora a engenharia e a medicina não sejam tão diferentes assim, de um país para o outro, o Direito Brasileiro difere enormemente do Direito Inglês ou Americano, O Direito Brasileiro é derivado do Direito Romano-Germânico. Já o Direito anglo-americano pertence à família do Common Law. Consequentemente, aprender inglês jurídico é também aprender um pouco sobre as diferenças entre os dois sistemas jurídicos. Além de conhecer os termos corretos, o estudante de inglês jurídico (Legal English, em Inglês) amplia seus horizontes, contrastando e comparando um pouco dos dois sistemas. De toda forma, mesmo desconsiderando a existência de diferentes sistemas, se o profissional quiser se expressar corretamente, evitando ambiguidades ou mal-entendidos, precisará usar os termos adequados ao contexto. Usar o termo correto em um contrato faz uma grande diferença na hora de se interpretá-lo”, explica o professor.

Quem deve estudar inglês jurídico?

Márcio ressaltou a importância dos intercambistas que pretendem estudar Direito fora do país se prepararem antes de ir, estudando a base do inglês jurídico, durante pelo menos seis meses: “Recomendo que tenham uma introdução ao inglês jurídico, especialmente na área de contratos e na área empresarial ou societária, porque essas são as áreas mais comumente estudadas, pelos brasileiros, em cursos tipo LL.M ou outros do gênero. E, também, porque o vocabulário dessas áreas é repleto de falsos-cognatos. Um exemplo é a palavra “incorporation” que, ao contrário do que o nome sugere, não é incorporação, mas, sim, constituição de sociedade”.

Mas não são só os intercambistas que devem estudar. Os advogados que vão trabalhar em outros países ou atender clientes estrangeiros também precisam aprender o inglês jurídico. “De modo geral, o aluno de Legal English trabalha com contratos ou com a área societária, normalmente exposto a contratos ou a clientes internacionais.  Esse profissional acaba descobrindo que precisa se expressar com fluência e com segurança, especialmente para explicar um pouco do nosso direito ao cliente estrangeiro. Esse é um fato interessante. O advogado precisa do inglês jurídico para poder explicar, em detalhes, todas as particularidades de nosso ordenamento jurídico, seja para um outro advogado de outro sistema, ou um cliente de país estrangeiro”, conta.

Exemplos de termos de inglês jurídico

Para que você entenda bem as especificidades que podem existir no idioma, pedimos ao professor Márcio que nos desse alguns exemplos de inglês jurídico.

Incorporate:  Não é incorporar. É constituir sociedade.

Execute:  Celebrar, firmar contrato

Tribunal: Normalmente não se traduz como tribunal, mas, sim, como Junta, Turma, Câmara.

Terminate:  Não é terminar. É extinguir ou rescindir (contrato, vínculo empregatício).

Consideration: Não é consideração. É contraprestação, pagamento.

Como aprender inglês jurídico

O professor Marcio leciona o curso de Legal English dividido em dois níveis: Intermediário Superior (Nível B2) do Common European Framework of Reference for Languages e Avançado (C1). Segundo ele, “esse curso traz todo o vocabulário próprio para as áreas societária, contratual, comercial e processual civil e dá aos estudantes todo o subsídio linguístico para a prática da profissão”.

“Concluído esse curso, o aluno pode optar pelo curso de preparação para o exame TOLES (Test of Legal English Skills) ou fazer um curso direcionado para Contratos (Contract Drafting). Há, ainda, a possibilidade de se customizar módulos- como Tax Law- para atender as necessidades do profissional de determinada área”, completa.

E o professor ainda deu (preciosas) dicas para você completar os seus estudos, com dica de série, podcast e sites da área: “Existem excelentes podcasts , como o “I am the Law” by LST Radio, e seriados no Netflix, como “The Good Wife,  para aprender, de forma contextualizada e divertida, o vocabulário especializado. Soma-se a isso a enorme quantidade de sites especializados em dicas para a escrita jurídica. Um exemplo é o www.adamsdrafting.com. Sem falar no Dicionário de Direito, Economia e Contabilidade, de autoria de Marcílio Moreira Castro: que considero ser ‘o’ dicionário”.

Se a sua ideia é fazer um curso de inglês jurídico no exterior, a “The London School of English”, em Londres, é uma excelente opção. Eles oferecem cursos de inglês para advogados ou estudantes de Direito- com a duração de um a seis meses (sendo que o que tem a duração mais longa é online). Entre em contato com a agência Intervip para saber mais.

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