Ainda no clima do dia dos namorados, separamos mais uma história de namoro e intercâmbio. A estudante Gabriela Carvalho Moreira de Abreu, 21 anos, viveu duas experiências que foram completamente diferentes uma da outra. O relato dela comprova que o relacionamento à distância pode dar certo ou não. Tudo depende do acordo feito entre o casal e o esforço de ambos para que a relação continue.
Gabriela fez um ano de high school na Suíça, no College Du Leman, pela agência Intervip. Como a estudante também é atleta de enduro equestre e não queria deixar de praticar durante o tempo em que estivesse fora, optou para ir para um local que fosse próximo à França, onde ela poderia competir com os melhores do mundo.
Ela conta que inicialmente não queria passar um ano fora, mas acabou indo em função da insistência dos pais. Mas hoje em dia, a estudante agradece e conta que foi a melhor experiência da sua vida.
Relacionamento à distância durante o intercâmbio
Um dos motivos pelos quais Gabriela não queria viajar, era ter de ficar longe do namorado. Ela namorava há um ano e meio e eles decidiram que continuariam a relação enquanto ela estivesse fora; porém seria um “namoro aberto”. Nesse “acordo”, cada um poderia ficar com quem quisesse, desde que não envolvesse sentimento. Porém, a estudante conta que não deu certo. Acabaram tendo muitas brigas e resolveram terminar. Depois de um mês, ela veio ao Brasil para passar o Natal e eles reataram. Porém, quando ela voltou para a Suíça, as brigas recomeçaram e Gabriela decidiu terminar o relacionamento de vez.
Mas a estudante teve uma segunda experiência de namoro à distância que deu certo. O namorado foi morar na Alemanha durante um ano. Eles decidiram continuar o relacionamento e dessa vez funcionou. “Foi a melhor escolha que já fiz, deu tudo certo, não brigamos nenhuma vez! A relação era de muito respeito, amor e carinho e foi por isso que conseguimos continuar namorando.”, conta.
Segundo, a psicóloga intercultural Andrea Sebben, o mais importante é “estabelecer um contrato” entre o casal antes do intercâmbio, acertando como irá funcionar a relação. E, claro, cada caso é um caso. A própria Gabriela viveu dois tipos diferentes de namoros à distância – um deu certo e outro não.
Mesmo que o primeiro namoro não tenha continuado, a estudante não se arrepende de ter tentado e conta que as duas experiências fizeram com que ela amadurecesse mudasse a forma de encarar os relacionamentos. “Não me arrependo em nenhum dos dois casos de ter continuado o namoro, acho que os dois foram muito válidos e me fizeram crescer muito. Sou uma pessoa completamente diferente de quem eu era quando fui pra Suíça, a minha forma de ver uma relação mudou completamente”.
E para aqueles que estão indo fazer um intercâmbio e têm dúvidas de como lidar com o relacionamento, Gabriela aconselha: “Namorar à distância não é algo impossível, mas exige muito respeito e muito apoio. Os dois devem superar as dificuldades juntos e conversarem sobre tudo, não dá para deixar os pequenos problemas acumularem. Além disso, é muito importante que os dois não deixem de viver por causa da distância. Quem estiver de intercâmbio tem que aproveitar todos os momentos: viajar, sair, conhecer pessoas novas… E a pessoa que ficar tem que aproveitar também, sair com os amigos, viajar, viver uma vida normal. Acho que só assim é possível ter um namoro saudável durante o intercâmbio.”
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