Como trabalhar no exterior

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Muita gente sonha em trabalhar em um outro país mas não sabe por onde começar. Conversamos com a gerente de projetos, Vanessa Ruas, 33 anos, que está se preparando para começar um novo trabalho em Paris que (pasme!) ela conseguiu estando no Brasil e pelo LinkedIn. Conheça mais um pouco sobre a história dela e confira algumas dicas de como trabalhar no exterior.

Porque Vanessa decidiu ir trabalhar no exterior

Vanessa é mineira, casada, formada em marketing, e sempre atuou como gerente de projetos – em agências em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Recentemente ela começou a repensar a sua vida e decidiu tomar uma grande decisão: “Há algum tempo eu ando repensando a nossa estrutura de trabalho. A pressão que tem e o tanto que o trabalho vira uma loucura e a gente acaba não aproveitando a vida. Em cidades como o Rio, uma pessoa se mata de trabalhar pra mal pagar o aluguel que é absurdo. E aí comecei a me questionar se isso fazia sentido ou valia a pena.. e nisso me vi procurando uma vida mais pacata. E nessas conversas surgiu a ideia de morar no interior.. primeira ideia foi uma criação de cabras. Vamos fazer leite. (Pesquisa, pesquisa, pesquisa) Opa. Não é tão fácil quanto achávamos. Corta para: ‘vamos ter uma plantação e viver da terra’. Pareceu uma coisa de sonho. Na hora de colocar no papel a gente vê que todo sonho custa. Montar uma terrinha tem seu custo especialmente porque demora a dar retorno. E nessa, meu pai me perguntou: ‘Por que não aproveitar esse momento que você já quer fazer uma mudança, aliada ao fato de que o país está em crise e olhar coisas fora? Ficar perto da sua irmã (que mora em Munique e está grávida) e ganhar experiência internacional?’. Eu que topo tudo pensei cá comigo: e por que não? Não custa tentar”.

vanessa ruas
Vanessa e os irmãos. Um dos motivos de buscar trabalho no exterior foi ajudar a irmã (à esquerda na foto) que está grávida. Foto: arquivo pessoal

E ela realmente tentou. E deu (muito!) certo.  Depois de três meses aplicando diariamente para vagas no LinkedIn, ela conseguiu um emprego em Paris, na agência Valtech, como “Directeur de Projet Digital Senior” (gerente de projetos digitais). A empresa providenciou todo o processo de visto – para ela e para o marido – e ela já embarca em julho para a “cidade luz”. Parece um sonho, não é mesmo? Pois a história da Vanessa mostra que nada é impossível quando se tem determinação. 

Busca de vagas e processo de seleção

Vanessa participou de alguns processos seletivos antes de ser contratada: “Busquei vagas pelo Linkedin e fui aplicando em várias delas. Participei de alguns processos, o que foi fundamental pra mim. A gente não tem o hábito de treinar entrevista… então os processos foram fantásticos treinos pra mim. Se apresentar profissionalmente e apresentar um projeto em inglês pode ser uma tarefa complexa e todo treino é válido”. 

No processo da Valtech, Vanessa passou por quatro entrevistas: uma pré-entrevista com o setor de Recursos Humanos, uma segunda com o gestor, uma apresentação de case para dois diretores e uma última conversa com o RH. (Ufa!) E ela conta quais foram os diferenciais que acha que fizeram com que conseguisse a vaga: “O inglês fluente foi fundamental. Apesar de ser uma vaga na França, a empresa buscava alguém que falasse um bom inglês além das habilidades necessárias pro cargo. No meu caso, os conhecimentos específicos, como certificação SCRUM, fizeram diferença por ser um conhecimento que tem demanda em diversos países europeus. A Alemanha, por exemplo, tem uma necessidade enorme de profissionais de desenvolvimento e gestão. Além disso, minha experiência de desenvolvimento e gestão de projetos de TI também contou bastante”. 

Dicas para trabalhar no exterior

Vanessa dá duas dicas preciosas para quem sonha em conseguir um trabalho no exterior também:

1. Estude as vagas e o mercado

“Veja se de fato você se adequa e tem o que eles pedem. Por ser outra cultura, podem ter processos e estruturas diferentes e é importante estar bem preparado para uma conversa com o seu entrevistador”.

2. Adeque o seu currículo

“É fundamental adequar o currículo de acordo com os objetivos e, principalmente, com o receptor. O nosso formato de currículo é muito diferente do formato europeu. Geralmente o europeu quer saber, além da experiência profissional, quem é você. Então é importante ter um espaço que você se apresenta, fala dos seus hobbies, etc”.

Depois dessa história tão inspiradora, que tal já começar hoje mesmo a correr atrás do seu sonho?

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